quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Eta Belo Monte!!!


25/08/2011 08h36 - Atualizado em 25/08/2011 08h36

Índios temem ser isolados pela barragem de Belo Monte

Eles têm dúvidas se, após obra da usina, conseguirão atravessar rio Xingu.
Projeto da empreendedora prevê içar embarcações com um cabo de aço
.

Mariana Oliveira Do G1, em Altamira

Josilda Mendes Arara com o filho caçula no colo; logo atrás, a filha mais velha de Josilda, de cinco anos, carrega a irmãzinha no colo (Foto: Mariana Oliveira / G1)

A índia Josilda Mendes Arara tem 21 anos e quatro filhos, todos menores de 5 anos. Ela tem uma rotina comum a muitas donas de casa da cidade. Cuida das crianças, cozinha e gosta de reunir as amigas para bater papo de tarde. Mas o tema das conversas é geralmente um só: como preservar a cultura da tribo e garantir a saúde das crianças da comunidade, que fica às margens do Rio Xingu, no Pará, depois da instalação na região da usina de Belo Monte, planejada para ser a segunda maior hidrelétrica do país.

O G1 esteve em Altamira, cidade-sede da obra da usina, nos dia 26, 27 e 28 de julho e publica até domingo (28) uma série de reportagens sobre a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O G1 acompanhou equipe do Jornal Nacional na cidade. Veja no vídeo a primeira reportagem do JN sobre a usina, exibida na noite de terça (23).

Já foram iniciadas as obras de infraestrutura para construção da hidrelétrica - a primeira reportagem da série do G1 sobre a usina falou do desmatamento para a obra. Mesmo com os questionamentos dos impactos sociambientais na região, o governo diz que Belo Monte é essencial para suprir a demanda energética do país em razão do crescimento econômico.

Para a índia Josilda, da tribo Arara da Volta Grande, a maior preocupação é com a manutenção da principal atividade da tribo, a pesca, e a saúde dos filhos. Isso porque, apesar de a comunidade contar com uma enfermaria, é preciso levar as crianças ao médico em Altamira, cidade mais próxima. O temor é que, com a construção da barragem, os índios tenham dificuldade em atravessar o rio.


"Isso tudo me preocupa. Se secar o rio, vamos ficar sem peixes. E vamos comer o quê? Tenho medo de a gente não conseguir passar pela barragem. Daí, como é que faz? A gente não sabe. Não vai poder levar as crianças no médico?", diz Josilda.

De acordo com a Norte Energia, empresa com quase 50% de participação governamental, não haverá dificuldade para a população indígena.

O projeto prevê que as embarcações sejam içadas por um cabo de aço, mas a empresa ainda ouve as propostas dos índios e dos ribeirinhos para a transposição dos barcos.

A tribo Arara da Volta Grande fica a cerca de 100 km de Altamira - 3 horas e meia de voadeira (barco com motor), meio de transporte mais utilizado para ir à cidade vender peixes e comprar mantimentos. O tempo pode variar dependendo do nível de água no rio em razão da cheia ou da seca.

Quando o G1 esteve no local, a vazão do rio estava baixa, mas a navegabilidade não estava prejudicada. Mesmo assim, em vários momentos do trajeto a velocidade foi reduzida para desviar de pedras que em tempo de cheia ficam sob a água.

Trata-se de uma comunidade bastante miscigenada. Os índios falam português e usam roupas comuns. Uma televisão com antena mais potente permite que todos acompanhem notícias e novelas.

Crianças indígenas brincam na beira do rio Xingu; roupas que as índias lavam no rio secam em pedras (Foto: Mariana Oliveira / G1)

No entanto algumas tradições são mantidas. As casas são de palha, a maioria não tem fogão ou geladeira, eles dormem em redes e as crianças são criadas em meio à natureza. Os homens caçam e protegem a trilho. As mulheres cozinham, cuidam dos filhos e aconselham seus maridos.

Na tribo, há uma escola e uma enfermaria, tudo mantido com ajuda da Fundação Nacional do Índio (Funai). Nos casos mais graves de saúde ou para realização de exames, porém, eles precisam obrigatoriamente ir à cidade.

Josélia Mendes Arara tem 28 anos e oito filhos com idades entre 2 meses e 8 anos. Na gravidez do caçula, disse a índia, não fez pré-natal e não foi ao médico nenhuma vez. No entanto, levar os filhos à cidade também é uma preocupação.

"Por causa do barramento, não poderemos ir para nenhum lugar. A gente fica triste porque não tem resposta de como sair daqui para ir à cidde. O pesadelo está na nossa frente. Querem destruir nossa riqueza. Querem acabar com a vida das crianças. Espero em Deus que essa barragem não saia", diz Josélia.

Josélia Mendes Arara, 28 anos e oito filhos com idades entre 2 meses e 8 anos (Foto: Mariana Oliveira/G1)

O ancião da tribo, Leôncio Arara, tem 73 anos. Segundo ele, a Norte Energia tem ajudado a comunidade. Nem assim, diz ele, a comunidade está a favor da obra.

"No começo, todo mundo era contra. Hoje alguns ficaram a favor. Aqui, a gente nunca se entregou. Eles dão açúcar, motor de barco. Nós recebemos e ficamos gratos. Mas não nos venderemos. Nossa opinião é a mesma. Como vamos sobreviver sem pegar nossos peixes?", diz seu Leôncio. A ajuda às tribos da Volta Grande foi uma das medidas de redução de impacto socioambiental exigidas pelo Ibama ao conceder a licença para a obra.

Liderança da tribo Arara da Volta Grande, Josinei, de 24 anos, promete resistência contra a obra
(Foto: Mariana Oliveira / G1)

Para o ancião, o barramento vai isolar a comunidade. "Eles querem nos isolar. Vamos ficar separados de tudo. (...) E tem ainda a humilhação que vamos sentir. Hoje somos livres. Com esse barramento, vamos ter que esperar alguém puxar o barco. Como se a gente fosse preso. A gente perde a nossa liberdade", afirma Leôncio Arara.

Liderança da tribo Arara, Josinei, de 24 anos, diz que a comunidade "não está brigando à toa". "A gente só quer ser respeitado. Falaram que a gente não seria impactado, mas é claro que vai. Essa luta é para sempre e está travada. Ninguém pode desistir."

Seca na Volta Grande
Outra preocupação da comunidade é a seca. A tribo fica na Volta Grande do Rio Xingu, um trecho de 100 km que já tem naturalmente a vazão reduzida em tempo de seca, mas que pode ficar ainda mais baixo em razão de um desvio no curso do rio para a criação de um dos reservatórios da hidrelétrica. Os índios temem que a Volta Grande seque e que a temperatura da água aumente por conta do menor volume de água e, com isso, os peixes morram.

A Norte Energia garante que os índios não serão prejudicados e que a vazão do rio será monitorada.

A tribo do cacique Ireô Kayapó, líder caiapó, não
será atingida, mas ele defende maior discussão
sobre transposição das embarcações (Foto: Mariana
Oliveira / G1)

Propostas
Na semana em que o G1 visitou Altamira, engenheiros da Norte Energia estiveram na cidade em encontro com lideranças indígenas para discutir propostas para a transposição das embarcações. A pedido de uma funcionária da Funai, a reportagem não pôde acompanhar a reunião porque, segundo ela, o encontro era somente para a comunidade indígena e ribeirinha.

Posteriormente, a Norte Energia, por meio de sua assessoria de imprensa, enviou um documento que mostra a proposta de içamento das embarcações por meio de um cabo de aço.

O cacique caiapó Ireô Kayapó esteve na reunião, embora a tribo dele não será atingida. "Viemos ouvir a palavra do empreendedor, para garantir que a comunidade indígena terá seus direitos respeitados."

Adjé, liderança da aldeia Koatinemo, da etnia assurini, também participou do encontro e disse que ainda persiste a dúvida sobre a transposição da barragem. A tribo dele não será atingida, mas ele afirmou que há preocupação em relação aos "parentes". "Ele estão fazendo estradas, as máquinas estão chegando. Eles nos ajudam, mas não é só o dinheiro. E a natureza? O dinheiro ajuda, mas não compensa."

A tribo Arara da Volta Grande, uma das mais impactadas com a usina, não enviou representantes à reunião.

Em nota sobre os impactos de Belo Monte para a comunidade indígena no site da empresa, a Norte Energia diz que tomará todas as medidas para propiciar "a manutenção das condições de vida das etnias que habitam a região do entorno da usina, notadamente a Volta Grande do Xingu".

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"Os povos indígenas da região do empreendimento tiveram livre e amplo acesso ao projeto e aos seus impactos, por meio de mais de 30 reuniões, documentadas em áudio e vídeo. (...) Isto garantiu o livre arbítrio desses povos indígenas, quanto à decisão de apoiar a implantação da UHE Belo Monte, preservando seus direitos fundamentais, a sua qualidade de vida e a busca de proteção para os referidos povos", diz a Norte Energia.

Em entrevista ao G1 em junho, o diretor de construção Luiz Fernando Rufato afirmou que a vazão não será reduzida por causa da obra e que o empreendimento não prejudica as tribos.

"O empreendimento não reloca indígena, não atinge nem um milímetro de terra indígena a inundação. Não vai piorar a navegabilidade em relação aos problemas que já existem hoje. Qual é a preocupação da Funai? Com o desenvolvimento da região, a pressão sobre as terras indígenas podem afetar [as comunidades]. Então, há vários programas para preservar e manter as unidades de terra indígena."

Obra
A hidrelétrica ocupará parte da área de cinco municípios: Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Altamira é a mais desenvolvida dessas cidades e tem a maior população, quase 100 mil habitantes, segundo o IBGE. Os demais municípios têm entre 10 mil e 20 mil habitantes.

Belo Monte custará pelo menos R$ 25 bilhões, segundo a Norte Energia. Há estimativas de que o custo chegue a R$ 30 bilhões. Trata-se de uma das maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma das principais bandeiras do governo federal.

Apesar de ter capacidade para gerar 11,2 mil MW de energia, Belo Monte não deve operar com essa potência. Segundo o governo, a potência máxima só pode ser obtida em tempo de cheia. Na seca, a geração pode ficar abaixo de mil MW. A energia média assegurada é de 4,5 mil MW. Para críticos da obra, o custo-benefício não compensa. O governo contesta e afirma que a energia a ser gerada é fundamental para o país.

"O nosso país é um país que está crescendo. (...) E necessita aproximadamente de 7 mil MW por ano nos próximos dez anos para permitir esse crescimento econômico e o desenvolvimento do nosso país", disse Altino Ventura, diretor de Planejamento Energético do Ministério do Meio Ambiente.


Descoberta de Rio no Amazonas



Rio de 6 mil quilômetros é descoberto embaixo do Rio Amazonas

A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980

Agência Estado - 25/08/2011 - 10:50
Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6 mil quilômetros de extensão que corre embaixo do Rio Amazonas, a uma profundidade de 4 mil metros. Os dois cursos d’água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente. A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica. A estatal procurava petróleo.

Fluidos que se movimentam por meios porosos - como a água que corre por dentro dos sedimentos sob a Bacia Amazônica - costumam produzir sutis variações de temperatura. Com a informação térmica fornecida pela Petrobras, os cientistas Valiya Hamza, da Coordenação de Geofísica do Observatório Nacional, e a professora Elizabeth Tavares Pimentel, da Universidade Federal do Amazonas, identificaram a movimentação de águas subterrâneas em profundidades de até 4 mil metros.

O dados do doutorado de Elizabeth, sob orientação de Hamza, foram apresentados na semana passada no 12.º Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica, no Rio. Em homenagem ao orientador, um pesquisador indiano que vive no Brasil desde 1974, os cientistas batizaram o fluxo subterrâneo de Rio Hamza.

Características

A vazão média do Rio Amazonas é estimada em 133 mil metros cúbicos de água por segundo (m3/s). O fluxo subterrâneo contém apenas 2% desse volume com uma vazão de 3 mil m3/s - maior que a do Rio São Francisco, que corta Minas e o Nordeste e beneficia 13 milhões de pessoas, de 2,7 mil m3/s. Para se ter uma ideia da força do Hamza, quando a calha do Rio Tietê, em São Paulo, está cheia, a vazão alcança pouco mais de 1 mil m3/s.

As diferenças entre o Amazonas e o Hamza também são significativas quando se compara a largura e a velocidade do curso d
’água dos dois rios. Enquanto as margens do Amazonas distam de 1 a 100 quilômetros, a largura do rio subterrâneo varia de 200 a 400 quilômetros. Por outro lado, a s águas do Amazonas correm de 0,1 a 2 metros por segundo, dependendo do local. Embaixo da terra, a velocidade é muito menor: de 10 a 100 metros por ano.

Há uma explicação simples para a lentidão subterrânea. Na superfície, a água movimenta-se sobre a calha do rio, como um líquido que escorre sobre a superfície. Nas profundezas, não há um túnel por onde a água possa correr. Ela vence pouco a pouco a resistência de sedimentos que atuam como uma gigantesca esponja: o líquido caminha pelos poros da rocha rumo ao mar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Gatos do Parque Municipal de Belo Horizonte


 
Defensores dos gatos do Parque Municipal de Belo Horizonte
A fim de mantê-los atualizados, seguem notícias dos gatinhos do Parque Municipal Américo Renné Gianneti, em Belo Horizonte - MG. Estamos com mais três doentes e já em tratamento:
1) A  Oncinha, que ganhou este nome porque ela é uma gata grande, porém muito mansa, já é uma senhorinha. Ela tem tumores nas costas, já fez hemograma e está albergada;
2) O Ritinho que tem o lábios inchados, também fez hemograma e será operado no dia 29 de agosto. Tudo indica que terá que fazer extrações nos dentinhos. Também é um gatinho idoso.
3) E, uma outra gatinha, ainda sem nome, que parece que tem hérnia... Ela está internada, já fez hemograma e ainda não saiu resultado...
Assim que tivermos mais notícias entraremos em contato!
Agradecemos muito o apoio que temos recebidos de alguns e convidamos aos demais participar desta luta conosco!
Existem várias formas de participar! Entrem em contato com o Grupo!
 Obrigada,
AMIGOS DOS GATOS DO PARQUE MUNICIPAL
gatosdoparquemunicipal@gmail.com

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mercado Central

Contamos com a participação dos cidadãos belorizontinos e de outros lugares,  comentando a reportagem no site a seguir, solicitando o fim do comércio de animais vivos no Mercado Central, para que, verdadeira e inteiramente, ele possa ser considerado um lugar de vanguarda, que caminha para um mundo novo, justo e ecológico, ou seja, que respeite todas as outras vidas e não apenas, a espécie humana:
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/08/20/interna_gerais,246172/mercado-central-ganha-presente-de-aniversario.shtml
Mercado Central ganha presente de aniversário Estrutura em bambu preparada para resistir dois séculos é erguida no Mercado Central para abrigar cozinha-escola
Déa Januzzi - Estado de Minas
Publicação: 20/08/2011 06:00Atualização: 19/08/2011 23:37




Quem pisar no Mercado Central de Belo Horizonte a partir de quarta-feira vai ver e sentir, além dos cheiros exóticos, dos temperos coloridos, das verduras frescas, dos pertences de feijoada, dos queijos e das cachaças que marcam a gastronomia regional, uma obra que anuncia um novo tempo para o espaço mais tradicional dos mineiros. A escola-culinária, com estrutura em bambu, mostra que o lugar também tem ingredientes especiais para o futuro. Uma combinação perfeita entre a tradição e a vanguarda, sem perder o glamour arquitetônico.
Nas comemorações dos 82 anos do Mercado Central, em 7 de setembro, a cidade recebe um presente que antecipa o caminho da sustentabilidade social e ambiental. Oito mil varas de bambu cultivado organicamente e manejado para garantir durabilidade e resistência por pelo menos dois séculos despontam curvadas no estacionamento do mercado, para deleite de mais de 38 mil pessoas que circulam diariamente por ali - público que sobe para 59 mil no sábado, segundo o superintendente Luiz Carlos Braga.
A iniciativa faz parte da campanha da Nestlé "A cozinha está no coração dos mineiros. E é na cozinha que a gente se encontra". Iniciada em 2010, a ação destaca a participação da empresa na cultura e no dia a dia de Minas Gerais, ao criar ações em torno da culinária, atividade reconhecidamente importante para a população mineira. "Ao marcar presença no Mercado Central, um patrimônio histórico tão emblemático para os mineiros, estreitamos ainda mais nossos laços e compartilhamos nossos valores com a região, cada vez mais importante para os negócios da companhia", afirma Beatrice Fasquel, gerente-executiva da regional Sudeste da Nestlé. A gestão do espaço ficará a cargo de Eduardo Maya, chefe de cozinha e idealizador do tradicional evento Comida di Buteco. As aulas serão gratuitas, quatros vezes por semana, em grupos de 30 pessoas. Para participar, basta se inscrever e comprar os ingredientes no próprio mercado.
TOQUES FINAIS Atenta ao maçarico que enverga as últimas varas de bambu no espaço de gastronomia, a artesã Michaela Reis, de 52 anos, deixa escapar: "Genial, me lembra Juscelino Kubitschek em sua ousadia". E lá está Lúcio Ventania, mestre bambuzeiro, de 45 anos, junto com sua equipe, a dar os toque finais. Atendendo ao chamado do designer paulista Marcelo Rosenbaum e dos mineiros Fernando Maculan e Mariza Machado Coelho, Lúcio aceitou o desafio de construir a escola culinária em quatro meses. Do Centro de Referência do Bambu e das Tecnologias Sociais (Cerbambu), instalado na Região de Ravena, em Sabará, vieram os 15 módulos do material. Lúcio comandou sua equipe de artesãos durante uma semana, sempre trabalhando de madrugada para surpreender os mineiros.
A tarefa dos arquitetos mineiros e do mestre bambuzeiro está cumprida. Segundo Fernando Maculan, parceiro de Rosenbaum em outros projetos, "o Mercado Central é o lugar do encontro e da celebração, que está no imaginário de todos os mineiros. O projeto consiste em uma abóboda cuja superfície é formada pela malha trançada de bambus. A solução faz referência aos elementos vazados - os cobogós - que recobrem as fachadas do mercado, e assim delimita o espaço da cozinha-escola com certa transparência. A escolha do bambu fortalece o vínculo com o artesanal, o feito à mão", diz Fernando.
Ninguém melhor do que a arquiteta Mariza Machado Coelho, uma das responsáveis pelo projeto, para reconhecer a importância do mercado na vida dos mineiros. Viúva do arquiteto Álvaro Hardy, o Veveco (falecido em março de 2005), antigo habituê do espaço e amigo de Milton Nascimento, que lhe dedicou a música Vevecos, panelas e canelas, Mariza diz: "Sentamos Marcelo, eu e Fernando para conversar, fomos visitar o mercado para sentir o cheiro, provar sabores exóticos, conversar naquele cenário de cores, temperos, carnes, grãos e verduras frescas, e pensamos numa trama de bambu, uma arquitetura contemporânea, mas com material artesanal, que combinasse com o clima agradável do espaço, que é um convite à confraternização", conta Mariza. Ela mesma vai ao mercado todos os fins de semana para comprar flores, quando quer fazer um arroz com pequi ou uma feijoada. "Aproveito para comer um fígado acebolado e tomar um chope num dos inúmeros barzinhos", acrescenta.
Lúcio Ventania, por sua vez, aceitou o desafio de fazer uma obra desse porte em um dos lugares mais visitados e cultuados pelo povo mineiro. "Considero a obra como a vanguarda da sustentabilidade no Brasil. Apesar de o bambu expressar tanto rigor estético e de ter propriedades físicas e mecânicas comparáveis com as do aço, do ferro e do concreto, o material ainda não foi devidamente reconhecido e utilizado no país", explica.
 Mas essa realidade pode mudar em breve, transformada pelo próprio projeto para desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu, na região do distrito de Ravena, dirigido por Lúcio Ventania. "É uma nova referência para a sustentabilidade e a inclusão definitiva do bambu como elemento de destaque para a arquitetura, engenharia, mobiliário e design. Mas também, principalmente, porque acrescenta ao conceito de sustentabilidade oportunidades reais para que a sociedade participe como protagonista na construção de um novo mundo, mais justo e mais ecológico", define.
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Mercado Central:
82 anos de tortura dos animais!
MOVIMENTO MINEIRO PELOS DIREITOS ANIMAIS
"Liberdade aos Animais, ainda que tardia!"

domingo, 21 de agosto de 2011

Animais em circo

Locais onde o uso de animais em circo já é proibido:
Estados: Alagoas, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Espiríto Santo
Em tramitação: Ceará e Santa Catarina.

UF/Cidade
MG -  Belo Horizonte, Juiz de Fora, Poços de Caldas, Sete Lagoas e Santos Dumont

MS - Campo Grande

MT - Tangará da Serra

PR - Curitiba, Foz do Iguaçú, Maringá, Ponta Grossa e São José dos Pinhais

RS - Porto Alegre, Caxias do Sul, Montenegro, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Santa Maria, São Leopoldo, Taquara, Gravataí e Rio do Sul

SC - Florianópolis, Blumenau, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Videira, Balneário Camboriú, Chapecó e Laguna

SP - São Paulo, Araraquara, Atibaia, Avaré, Batatais, Bauru, Bebedouro, Campinas, Guarulhos, Jacareí, Jundiaí, Nova Odessa, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José dos Campos, São Vicente, Sorocaba, Taubaté, Ubatuba, Vinhedo, Diadema e Olímpia

terça-feira, 9 de agosto de 2011

2ª FEIRA DE ADOÇÃO!

Pessoal, preparem-se! Vem aí a 2ª Feira de Adoção da Brigada Planetária! 




Protetores, cadastrem seus animais através do email brigadaplanetaria@gmail.com

Amigos queridos, vamos repassar a notícia e fazer dessa feira mais um sucesso!

Contamos com a ajuda de todos!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Campanha de bacias - Agradecimentos!

Amigos,
Em julho, concluímos uma etapa de entrega de casinhas de bacias, no abrigo Cãopaixão.
A participação de todos foi fundamental!
Já estamos com mais casinhas prontas para serem entregues a três protetoras de BH, afinal, o frio ainda não terminou!
Agradecemos a todos que doaram e continuamos contando com a ajuda de todos para dar uma vida melhor a tantos animais.
Obrigada!!